Três elementos básicos de uma obra de arte: Ponto, cor e estrutura
ARTES E DESIGN | 25 de April, 2019
LEITURA | 3 MIN
A matéria prima de uma obra de arte, ou de um produto artístico, é o contributo de quem o elabora mais os elementos formais que nela se apresentam.
Existem vários elementos formais, vamos aqui falar dos 3 principais que são analisados numa sessão de arte-terapia.
Elementos da obra
Poderemos considerar, primariamente, o ponto como o primeiro elemento da obra, pois este é simples, sem dimensões e sem estrutura específica. No fundo qualquer obra é um conjunto de pontos. O ponto inicia e finaliza uma obra.
Na descoberta consciente deste elemento surge o Pontilhismo, em finais do séc.XIX – com o impressionismo, onde se explora a repetição, o aglomerado de pontos que oferecem forma à obra conjuntamente com a perspectiva e o jogo cromático que podemos realizar.
Nesta sequência surge um novo elemento que, não é mais do que o ponto em movimento, conferindo assim dinamismo à obra, a linha. Esta pode definir limites e emoções. Como a linha não existe na Natureza, vem mostrar a capacidade de abstracção de que o ser humano é dotado. Picasso revela essa capacidade quando realiza trabalhos de uma linha só, que ganham vida nos entrelaçados e no seu movimento. A linha imprime ritmo na obra e ajuda no fluir das emoções que, transpostas na obra, ganham limites e um espaço de contenção.
Outro elemento presente nas obras de arte é a cor, esta que se reflecte como uma percepção visual que pode criar texturas, perspectivas, contrastes de luz (com a utilização de focos de luz). Vários trabalhos de arte moderna exploram este elemento, tal como os impressionistas que tentam representar todas as luminosidades naturais. Na arte barroca utilizam-se os contrastes para realçar os objectos, os fauvistas minimizam nas formas – utilizando formas simples – para explorar a força da cor.
A cor é indissociável do elemento luz, pois é no espectro luminoso que as variações da cor surgem. Podem surgir manchas, gotas, borrões, perspetivas, preenchimentos.
A interpretação da cor não depende apenas da perceção mas de todo um contexto cultural que envolve a obra e o momento histórico-geográfico da interpretação. Por exemplo, em determinadas culturas a cor do luto é o preto e noutras o branco, ora esta total oponência de conceitos é determinante aquando da análise de uma obra de arte.
A estrutura é revelada pelas simetrias, ou assimetrias, e nasce a pare da perspectiva. Permite a redefinição de um espaço tridimensional num material bidimensional, oferece profundidade à obra e preenchimentos dos espaços entre o longe e o perto, criando assim a distância eficaz entre os vários componentes da obra.
A estrutura diz respeito à colocação espacial dos elementos na obra, que os demarca mais ou menos e, portanto, tendem a ganhar maior ou menor importância na obra.
Estes elementos ganham especial destaque numa sessão de arte-terapia analítica e também na vivencial, caso o interveniente traga estes aspetos para a sessão.
Imagem
https://www.arteseartes.info/tres-elementos-basicos-de-uma-obra-de-arte-ponto-cor-e-estrutura/
Patrícia Alexandra Aboim Rodrigues
Bio
Fisioterapeuta - especialização em Hidroterapia; Arte- terapeuta; Formadora; Professora de Danças Tradicionais; Instrutora de Aqua-Taichi; Prática regular de Tai-chi e Meditação; Participação em actividades de teatro amador; Sólidos conhecimentos de Produtos Naturais; Iniciada em Reiki; Participação em atividades de Cura Quântica e outras Terapias Alternativas; Principais Hobbies: Escrita, jardinagem, cozinha, leitura, e artesanato reciclado.
Existem vários elementos formais, vamos aqui falar dos 3 principais que são analisados numa sessão de arte-terapia.
Elementos da obra
Poderemos considerar, primariamente, o ponto como o primeiro elemento da obra, pois este é simples, sem dimensões e sem estrutura específica. No fundo qualquer obra é um conjunto de pontos. O ponto inicia e finaliza uma obra.
Na descoberta consciente deste elemento surge o Pontilhismo, em finais do séc.XIX – com o impressionismo, onde se explora a repetição, o aglomerado de pontos que oferecem forma à obra conjuntamente com a perspectiva e o jogo cromático que podemos realizar.
Nesta sequência surge um novo elemento que, não é mais do que o ponto em movimento, conferindo assim dinamismo à obra, a linha. Esta pode definir limites e emoções. Como a linha não existe na Natureza, vem mostrar a capacidade de abstracção de que o ser humano é dotado. Picasso revela essa capacidade quando realiza trabalhos de uma linha só, que ganham vida nos entrelaçados e no seu movimento. A linha imprime ritmo na obra e ajuda no fluir das emoções que, transpostas na obra, ganham limites e um espaço de contenção.
Outro elemento presente nas obras de arte é a cor, esta que se reflecte como uma percepção visual que pode criar texturas, perspectivas, contrastes de luz (com a utilização de focos de luz). Vários trabalhos de arte moderna exploram este elemento, tal como os impressionistas que tentam representar todas as luminosidades naturais. Na arte barroca utilizam-se os contrastes para realçar os objectos, os fauvistas minimizam nas formas – utilizando formas simples – para explorar a força da cor.
A cor é indissociável do elemento luz, pois é no espectro luminoso que as variações da cor surgem. Podem surgir manchas, gotas, borrões, perspetivas, preenchimentos.
A interpretação da cor não depende apenas da perceção mas de todo um contexto cultural que envolve a obra e o momento histórico-geográfico da interpretação. Por exemplo, em determinadas culturas a cor do luto é o preto e noutras o branco, ora esta total oponência de conceitos é determinante aquando da análise de uma obra de arte.
A estrutura é revelada pelas simetrias, ou assimetrias, e nasce a pare da perspectiva. Permite a redefinição de um espaço tridimensional num material bidimensional, oferece profundidade à obra e preenchimentos dos espaços entre o longe e o perto, criando assim a distância eficaz entre os vários componentes da obra.
A estrutura diz respeito à colocação espacial dos elementos na obra, que os demarca mais ou menos e, portanto, tendem a ganhar maior ou menor importância na obra.
Estes elementos ganham especial destaque numa sessão de arte-terapia analítica e também na vivencial, caso o interveniente traga estes aspetos para a sessão.
Imagem
https://www.arteseartes.info/tres-elementos-basicos-de-uma-obra-de-arte-ponto-cor-e-estrutura/
Patrícia Alexandra Aboim Rodrigues
Bio
Fisioterapeuta - especialização em Hidroterapia; Arte- terapeuta; Formadora; Professora de Danças Tradicionais; Instrutora de Aqua-Taichi; Prática regular de Tai-chi e Meditação; Participação em actividades de teatro amador; Sólidos conhecimentos de Produtos Naturais; Iniciada em Reiki; Participação em atividades de Cura Quântica e outras Terapias Alternativas; Principais Hobbies: Escrita, jardinagem, cozinha, leitura, e artesanato reciclado.
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